sexta-feira, 17 de outubro de 2014

FLUTUANTE


...Quando quebrei o espelho, libertei as mil imagens.
Mas tive de rapidamente assimilá-las. 
Entendeu a razão de meus mil quilos?....
- Viu, seo Delega, o Cacaso falou-me assim objetivamente do teto, onde parara feito uma bexiga de aniversário, e queria que eu o rasgasse. Ele sabia da minha útil motosserra a gasolina 40 cc sabre de 16 polegadas.
Risquei longitudinalmente seu ventre com cocô de cachorro, do meu cachorro, o Pincel, pois, era somente o que estava à mão.
Antes de fazer o corte, pensei na fragilidade do Cacaso na minha mão, vieram-me à mente as fofocas que Cacaso fazia a respeito de todo mundo. Ele já me prejudicara bastante. Creio que havia uma semente invejosa no seu ser. Uma semente gigante.
Era uma maneira dele conseguir o amor de determinadas pessoas só para si. Fofocava mas era por amor. Isso. A consciência falava-me deste modo, mas, não inteiramente convencida. Sentia ela morder os dentes. E consciência trincando os dentes na cabeça dá uma dor.
Então, seu delega eu fiz o que tinha de ser feito. Não usei a motosserra. Apenas empurrei-o pela janela e ele, gritando, foi flutuando em direção à São Pedro.




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