sábado, 30 de novembro de 2013

ALTO DAS ESTRELAS (LUA NUA)

Ela subiu minhas cuecas até o alto das estrelas.
Como meus pelos já estavam crescidos, foi difícil para ela.
Qual seria sua intenção, ao levantar-me as cuecas até o alto, sujas as estrelas de históricas camisinhas do santo deus, meladas de ozônio?
Dei-lhe um chute. Pulei sobre seu enorme traseiro de Anã Branca.
Rasguei com os dentes sua calcinha que tinha um rastro vermelho muito similar a uma pintura abstrata de Malabufaia.
Como era lua cheia e já estava transformado em lobisomem, aproveitei. Tirei de entre seus seios algumas palavras sobre o Mestre.

Senhor: O bacharel mestre João, físico e cirurgião de Vossa Alteza, beijo
vossas reais mãos. Senhor: porque, de tudo o cá passado, largamente escreveram a Vossa Alteza, assim Aires Correia como todos os outros, somente escreverei sobre dois pontos. Senhor: ontem, segunda-feira, que foram 27 de abril, descemos em terra, eu e o piloto do capitão-mor e o piloto de Sancho de Tovar; tomamos a altura do sol ao meio-dia e achamos 56 graus, e a sombra era setentrional, pelo que, segundo as regras do astrolábio, julgamos estar afastados da equinocial por 17°, e
ter por conseguinte a altura do pólo antártico em 17°, segundo é manifesto na esfera. E isto é quanto a um dos pontos, pelo que saberá Vossa Alteza que todos os pilotos vão tanto adiante de mim, que Pero Escolar vai adiante 150 léguas, e outros mais, e outros menos, mas quem diz a verdade não se pode certificar até que em boa hora cheguemos ao cabo de Boa Esperança e ali saberemos quem vai mais certo, se eles com a carta, ou eu com a carta e o astrolábio. 
Quanto, Senhor, ao sítio desta terra, mande Vossa Alteza trazer um mapa-múndi que tem por aí e poderá ver Vossa Alteza o sítio desta terra; mas aquele mapamúndi não certifica se esta terra é habitada ou não; é mapa dos antigos e ali achará Vossa Alteza escrita também a Mina. Ontem quase entendemos por acenos que esta era ilha, e que eram quatro, e que doutra ilha vêm aqui almadias a pelejar com eles e os levam cativos.
Quanto, Senhor, ao outro ponto, saberá Vossa Alteza que, acerca das estrelas, eu tenho trabalhado o que tenho podido, mas não muito, por causa de uma perna que tenho muito mal, que de uma coçadura se me fez uma chaga maior que a palma da mão; e também por causa de este navio ser muito pequeno e estar muito carregado, que não há lugar para coisa nenhuma. Somente mando a Vossa Alteza como estão situadas as estrelas do (sul), mas em que grau está cada uma não o pude saber, antes me parece ser impossível, no mar, tomar-se altura de nenhuma estrela, porque eu trabalhei muito nisso e, por pouco que o navio balance, se erram quatro ou cinco graus, de modo que se não pode fazer, senão em terra. E quase outro tanto digo das tábuas da Índia, que se não podem tomar com elas senão com muitíssimo trabalho, que, se Vossa Alteza soubesse como desconcertavam todos nas polegadas.
Riria disto mais que do astrolábio; porque desde Lisboa até às Canárias
desconcertavam uns dos outros em muitas polegadas, que uns diziam, mais que outros, três e quatro polegadas, e outro tanto desde as Canárias até às ilhas de Cabo Verde, e isto, tendo todos cuidados que o tomar fosse a uma mesma hora; de modo que mais julgavam quantas polegadas eram, pela quantidade do caminho que lhes parecia terem andado, que não o caminho pelas polegadas. Tornando, Senhor, ao propósito, estas Guardas nunca se escondem, antes sempre andam ao derredor sobre o horizonte, e ainda estou em dúvida que não sei qual de aquelas duas mais baixas seja o pólo antártico; e estas estrelas, principalmente as da Cruz, são grandes quase como as do Carro; e a estrela do pólo antártico, ou Sul, é pequena como a ....escrever isso cansa pra caralho."

Cuspi nas minhas patas e, deliciosamente inspirado por aquela astronômica sede, cocei as chagas e girei a toda rotação em meio a seus mistérios, para alargar o caminho.
As veias do meu membro incharam vistosamente. Então, reparei que estava sem camisinha.
Como pude me esquecer da camisinha? Um lobisomem moderno, sem camisinha, é um acinte.
Todavia, todas estouravam. Tinha cada vez mais dificuldade em encontrá-las com o meu número.
Num instante, devorei um porco e peguei-lhe a tripa. Solucionei o problema da camisinha.
Pedi a ela que me ajudasse, esticando as nádegas, a que eu enxergasse o objetivo.
Ela não só fez isso, como enfiava um, dois, três, quatro, cinco, seis....seis não, cinco dedos, todos os cinco.
E ela ia colocando e gemendo, recolocando e novamente gritando.
Aquilo deixou-me doido. Quando estava pegando fogo, o orifício dela como um lança-chamas, transformei o meu palhaço em engolidor de fogo.
Quando sua bunda encostou em minha barriga, estourou o seu anel e quase que mergulho dentro dela.
Mas tenho problemas de pressão a profundidades máximas.
A dor que eu observava me fazia possuidor de um prazer sádico.
Então, parei dentro dela durante duas horas.
Me fodi, pois, fiquei colado. E ela pulava, pulava tanto, que aumentava o gozo de nós dois.
Um engraçadinho que nos filmava jogou-nos água fria. E descolou? Descolou. Fomos reduzidos a um par de cães vira-latas.
Iara foi embora, tontinha da silva. E a manhã, apontando, ia me despindo dos pelos.
Um garotinho acertou-me com um chumbinho. Ainda bem que não era prata.
Como a manhã já chegara e eu fora reduzido a um almocreve, nada pude fazer senão prometer a mim mesmo comer-lhe a mãe na próxima lua cheia.


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